segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Negra escuridão


Perder a noção do todo diante de mim
Correr,
Perdida em dores,
Para um vazio sem fim

AHHH
HHH
HH
HH
H
H
H


Gritar sem voz e estremecer apenas as minhas entranhas
Que se desfazem em pedaços



Duros,

Tesos,


Mortos.


Olhar sem perceber o que falta
Ou o que ainda existe de bom
Em mim,
Em ti,
No mundo...


??????????


AI….


Não sei mais chorar porque me secou a alma
Ou voou, sumiu de mim
Não sei quem sou, nem quem não sou
Serei o nada?
Ou o todo é tão grande que me perdi?


Porque me espetaste esta faca se foste embora
E sem ti o meu peito não sangra, o leite coalhou
O meu ventre está tão oco que parece um tambor


e às vezes faço músicas para embalar a minha loucura solitária


Fui demais para uma luta?
Ou ter-te-ei dado o meu órgão mais frágil,
mais palpitante,
mais sequioso,
sem perceber que o roubavas?


Queria ser um grão de areia no teu sapato para que te lembrasses, sempre, incomodado, deste verão sem praia, onde criaste um deserto..........................................................

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Quando te chegas ao meu ouvido e me espetas essas agulhas,
que me ensurdecem,
que me enfraquecem de culpas que não quero saber que são minhas,
eu anseio sucumbir a este desejo assassino
para não ter mais de te cravar as unhas no meu pensamento!


Mas antes de ter tempo de me tornar no que quer que seja



TU OFERECES-ME UM SORRISO


Um simples sorriso….


Como uma flor pintada num sonho a cores


(Qual o poder de um sorriso?)