domingo, 6 de março de 2005

Matéria



Por dentro desta carne dura de ternos cansaços,
Por dentro desta simples matéria
que se entrega sem hesitar nos teus braços,
Dentro de cada veia,
cada artéria irrigada de suspiros...
Por dentro desta pele feia
que se demora em frente a espelhos partidos...
Intensamente cravado no seio desta aparência
de pulmões fodidos...
Está...
Um coração filho-da-puta
que se rende sem dar luta
a ti,
cabrão de um qualquer lugar!