quinta-feira, 12 de maio de 2005

Tanto Tempo!...



Tanto tempo passou...
Tanto tempo vazio se queima em chamas gélidas de tédio e angústia...
O tempo que fez de mim o que sou hoje...
O tempo que passa longe, me observa, e foge...

Minha alma ficou presa na tua. Não se consegue soltar.
Meu corpo procura outros corpos. Não se consegue demorar.
Presa num ciclo vicioso sei de cor os caminhos por onde passo, e volto a passar.
Tanto tempo à minha volta a rodopiar...
Entonteço...
Caio e torno-me a levantar.
Qualquer dia deixo-me ficar.
Páro de sentir e de pensar.
(Talvez consiga fazer o tempo parar)

Tanto tempo devorando tempo...
Este tempo em que te trago colado a mim,
como um lamento!...