Meu amor...
quantas vezes já me lancei para este mesmo precipício pensando ser a paz para todas as dores?
Diz-me,
E choro...
E grito...
Barafustando contra a vida que me faz gemer a pele...
Chamo por ti mas tu não me ouves.
Cantas e danças por dentro do vazio do meu peito...
E eu peço-te uma lágrima solidária.
Peço-te um gesto de atenção.
Tu corres por mil caminhos de sonhos que não são meus...
Diz-me,
Diz-me,
quantas vezes, tantas, eu me sentei a teu lado esperando um olhar breve?
E diz-me,
quanto mais aguentará este sopro que, cada vez mais ténue, me empurra de encontro a ti?
Meu amor...